Experiência da Unimed Recife no tratamento de 1.039 pacientes com Covid-19
Keywords:
Covid-19, Mortalidade, Diabete melito, ObesidadeAbstract
Objetivo Descrever dados relacionados com pacientes com Covid-19 internados nos hospitais da Unimed Recife, avaliando dados demográficos, letalidade, uso de ventilador mecânico, presença de doenças associadas, uso da UTI, entre outros aspectos relacionados com o prognóstico desses pacientes.
Método Os dados foram coletados na plataforma de gestão em saúde DRG Brasil, incluindo o período desde 26 de março de 2020, quando o primeiro paciente com Covid-19 foi internado no Hospital da Unimed III, até o dia 31 de janeiro de 2021. Todos os pacientes que foram internados em um dos três hospitais da Unimed Recife – Hospital Unimed I, Hospital Unimed III e Hospital Geral Unimed Recife (HGMI) – entraram no estudo. Nesse mesmo período avaliamos o número de pacientes com Covid-19 ou suspeita de Covid-19 que foram atendidos na emergência do Hospital Unimed Recife III.
Resultados Foram atendidos 126,553 pacientes na Unidade de Emergência do Hospital Unimed Recife III no período entre 26 de março de 2020 e 31 de janeiro de 2021, desses pacientes atendidos na emergência 39,340 (31,09%) pacientes foram diagnosticados com tendo Covid-19 ou suspeita de Covid-19. No período de 10 meses foram internados 1.039 pacientes com Covid-19, 61% com hipertensão, 31,1% com SARS, 30,0% com diabete melito e 9,9% eram obesos. A média de permanência no hospital foi de 11,2 dias. Foram internados na UTI 342/1.039 (32,9%) pacientes e 57,9% deles utilizaram ventilação mecânica. A letalidade geral foi de 13,76% (143 mortes/1.039). Houve um aumento na letalidade por Covid-19 com o aumento da idade. A letalidade no primeiro período da pandemia por Covid-19 foi significativamente maior quando comparado com os últimos meses da pandemia (17,6% versus 9,7%, p<0,001). Obesidade aumentou significativamente a letalidade nos pacientes com Covid-19
[120 mortes/1.016 pacientes não obesos (11,8%) versus 23 mortes/103 pacientes obesos (22,3%), OR 2,15 (1,30 – 3,50), p=0,005)].
Conclusão Concluímos que a Covid-19 é uma doença com prognóstico pior nos pacientes idosos e com obesidade. Na segunda fase da pandemia por Covid-19 percebemos uma queda significativa na letalidade por Covid-19 nos pacientes internados. Covid-19 é uma doença nova, ainda pouco conhecida, e nos primeiros meses da pandemia não se entendia muito bem sobre
os mecanismos pelos quais o vírus se multiplicava nem como o processo fisiopatológico ocorria no organismo infectado.
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Copyright (c) 2021 Marcelo Moraes Valença, Martha Maria Romeiro Figueiroa F. Fonseca, Cátia Arcuri Branco, Alex Maurício Garcia Santos, Antonio Oliveira, Ana Carolina Chiappetta Correia de Araújo, Fernando Cruz
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